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A ilusão da pintura

Bob Ross, Magestic Mountains, temporada 4, episódio 3
Pintar é para a maioria dos nossos alunos um hobbie, um prazer, uma forma fantástica de relaxar ou até de meditar. 

Alguns alunos pintam há anos e apreciam cada novo quadro como um projeto que não precisa receber elogios ou de ser vendido, pois é sobretudo o “processo” que os atrai e lhes dá prazer. 

Outros sentem que gostariam de prosseguir essa atividade como algo mais que um passatempo e iniciam invariavelmente uma fase de expansão, de descoberta e até de interesse na experimentação de outras técnicas de pintura que pareçam “ajustar-se” àquilo que gostaríamos de fazer, na procura de um estilo próprio ou original. 

Apresentamos neste artigo um conjunto de conselhos para melhorar significativamente a forma como pinta.



Mais tarde ou mais cedo o aspirante a pintor profissional questiona-se se as suas obras possuem “aquilo” que leva terceiros a querer comprar um quadro ou os mais críticos a reconhecerem um “talento”. 

Para auxiliar neste passo muito critico para o novo pintor, e antes de se lançar à prova, o artista pode submeter as suas obras a um “teste”, até para a seleção de um portfolio de apresentação. 

O que se segue são algumas orientações simples para verificar o potencial de uma pintura. Na prática trata-se de verificar com a ajuda de um amigo ou colega o potencial de cada obra, através de orientações simples ainda que aplicadas recorrendo apenas à nossa intuição. 

A ideia subjacente é que uma pintura interessante, uma pintura com “poesia” e “musica”, transmite uma ilusão e um conceito. Veremos o que isso significa tanto pela positiva como pela negativa. 

Uma pintura com ilusão: 




  • As formas, mesmo abstratas, dão-nos a sensação de se tratar de um espaço, um local, em particular tratando-se de uma paisagem: 
    • Sente-se que os objetos representados são reais, as figuras são proporcionadas ou interessantes, e levam-nos a percorrer o quadro de uma ponta a outra; 
    • Sente-se que se trata de um local, um espaço onde poderíamos ou gostariamos de estar; 
Bob Ross, Golden Glow of Morning, temporada 27, episódio 13

  • As formas mais abstratas ou menos definidas estimulam a nossa imaginação: quanto mais olhamos, mais coisas “vemos”. 








Uma pintura sem ilusão: 



  • As cores usadas parecem erradas, estranhas;
  • As figuras humanas são distorcidas ou desproporcionadas (não sendo obviamente essa a intenção); 
  • Algo não parece “bem” ou parece demasiado irreal (e não é por exemplo surrealista); 
  • Parece ter sido pintado por uma criança (e não é uma pintura naïf); 
  • As formas abstratas não nos fazem lembrar nada, nenhuma paisagem, nenhum objeto, nenhuma ideia ou sensação nos ocorre; 
  • Não fazemos qualquer ideia do que estamos a ver mesmo olhando demoradamente para a pintura. 


Uma pintura com um conceito 

Bob Ross, Campfire, temporada 3, episódio 10


  • Faz-nos sentir algo; 
  • Desperta uma emoção; 
  • Desperta o interesse ou realça a beleza de algum objeto, pessoa ou local, que talvez não havíamos notado antes no mundo real. 
  • Podíamos contar uma história com base nessa pintura. 






Uma pintura que não transmite um conceito: 



  • Não sentimos “nada” de especial quando observamos a pintura; 
  • Mesmo tratando-se de uma pintura bonita, tecnicamente bem concretizada, nada - nenhum objeto em particular - chama a atenção; 
  • Não conseguimos perceber o que é que o artista está a tentar transmitir; 
  • Logo na primeira observação, nada capta a nossa atenção.



Boas Pinturas!

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